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Como engravidar com endometriose

Precipuamente, o post de hoje é o primeiro de muitos que darão início a maratona “Ser mãe com endometriose”. Em suma, no presente post, iremos falar sobre as 8 principais barreiras que dificultam – e muito – uma mulher engravidar com endometriose. Principalmente, quando descobre mais tardiamente, ao longo da vida, que tem a doença, e consequentemente, possui sim dificuldades para engravidar.

No entanto, isso não quer dizer que ela é infértil, muito menos que ela não vai gestar. Isso quer dizer que ela tem um pouco mais de complicações que uma mulher saudável em idade reprodutiva. Basicamente, quando você é jovem ou adolescente, normalmente sua mãe a leva ao ginecologista para fazer exames de rotina. Ou seja, durante a primeira consulta com o especialista, são realizados os primeiros exames da saúde da mulher. Bem como, ultrassom, papa nicolau, exames de sangue etc. Posteriormente, vida que segue com sua menstruação todo mês.

Como saber se tenho endometriose?

Em suma, em algum momento da sua vida, pode ser que você seja aquela mulher “sortuda” e começou a ter cólicas terríveis desde a adolescência. Pode ser inclusive, que você começou a faltar na escola, tomar inúmeras caixas de medicamentos de anti inflamatório em basicamente todos os meses quando você menstruou. Mesmo assim, você voltou ao médico e obteve a resposta de que isso é normal, que mulher tem cólica mesmo, que dói muito e por aí vai.

Infelizmente, esse relato vai continuar ocorrendo com muitas meninas jovens. Desta forma, você pode sim ter um quadro de endometriose. Geralmente, sabe-se que a endometriose, pode demorar de 7 a 12 anos para ser descoberta. Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada 10 brasileiras sofrem com a endometriose. Dito isso, pode ser que você tenha endometriose, mas só descobriu lá perto dos 40 anos de idade, justamente por não ter conseguido engravidar.

Na maioria dos casos, cerca de metade das mulheres que possuem endometriose não tem nenhum sintoma. Já a outra metade, com sintomas podem demorar muito para descobrir. Embora esse seja um problema comum e muitos especialistas desacreditam uma possível gestação, é possível sim engravidar com endometriose. E é sobre isso, que iremos tratar neste post: as 8 barreiras que dificultam engravidar com endometriose. Barreiras essas, que nem sempre vemos logo cedo, em uma idade mais jovem. Ou seja, quando se é portadora da doença e não apresenta sintomas.

8 principais barreiras a serem derrubadas para engravidar com endometriose

1. Aderências pélvicas

Uma das primeiras situações que acontecem com a portadora de endometriose, dependendo do grau avançado da doença, são as aderências.

Essa sem dúvidas, é a primeira barreira física e acontece porque um restinho da menstruação (lá do nosso endométrio, que é de dentro do útero, tinha que ir embora, mas…) acaba voltando e isso formam os focos de endometriose. Em resumo, são bolhas que possuem o sangue da menstruação em seu interior, e isso “cola” em algum lugar ali. Caso isso aconteça nas trompas, por exemplo, irá dificultar a passagem dos óvulos.

Quando se descobre que a trompa está grudada, é preciso tomar algumas atitudes, as primeiras são: prescrições do médico, exames, medicamentos ou cirurgias. Em primeiro lugar, é preciso saber qual é a saúde da trompa. Posteriormente, qual será o tratamento indicado para o seu tipo de trompa obstruída e por fim realizar a limpeza do aquário.

Como dito anteriormente, as aderências podem acontecer pela movimentação dos focos de menstruação, bem como também, em mulheres que tem endometriose e que descobriram logo depois da primeira gravidez. Ou seja, conseguiu engravidar, mas o fato de ter feito uma cesárea, fez com que se espalhasse aquelas células de dentro do útero, indo parar nas trompas, no ovário, no intestino, e depois de se proliferarem, dificultam uma nova gestação.

Em suma, as aderências complicam – e muito – a vida de quem deseja engravidar com endometriose. E, portanto, é uma das primeiras barreiras a serem quebradas e investigadas. A seguir, segue um exemplo prático de como essas aderências dificultam a sua gestação.

Exemplo prático

Imagine um túnel. Ele desmorona e fica todo fechado, estamos de um lado e queremos chegar ao outro. Como passar se ele está completamente comprometido? Neste caso, a única solução seria fazer uma reforma, contratar as equipes para limpar e abrir caminho por entre o desmoronamento. Certo?

Em síntese, as aderências são como um túnel por onde os óvulos passam para ir até o útero, onde podem (ou não) se encontrar com os espermatozoides. Seguindo o exemplo citado anteriormente, quando uma mulher sofre com as aderências (e não necessariamente demonstram sintomas, é mais como se as trompas estivessem coladas), existe a incapacidade do óvulo passar e ir se encontrar com o espermatozoide no útero.

Bem, se você está tentando engravidar há 1, 2, 3, 7 anos e não consegue, pode ser que você esteja sofrendo com este bloqueio. Neste caso, é preciso fazer um exame que avalie sua saúde e sua permeabilidade. Ou seja, o quanto sua trompa está permeável e possibilita a passagem do óvulo. O que por sua vez, facilitaria engravidar com endometriose.

Se você quer saber todas as informações sobre como engravidar mesmo tendo endometriose, confira O Desafio Futura Mamãe e veja como em 21 dias seguindo dicas super importantes de alimentação e outros passos que aumentam muito as chances de engravidar, você pode potencializar a sua fertilidade!

2. Imunidade

Outra barreira muito importante para se avaliar na portadora de endometriose, é a imunidade baixa. E sim, pode ser que ela esteja relacionada ao fato de você não conseguir engravidar mesmo com a doença mais tranquila.

Já está mais do que comprovado que, as mulheres portadoras de endometriose têm uma imunidade muito mais baixa do que uma mulher saudável. Mesmo que nos casos em que a mulher tenta ser o mais saudável possível. Isso porque, existem algumas coisas no seu DNA que não deixam sua imunidade tão boa. Por isso, a grande maioria das mulheres que possuem a patologia, também apresentam infecções de urina de recorrência, candidíase, herpes etc. Sem contar o pH na vagina que é mais ácido. Mas o que isso tem a ver? É o que veremos a seguir.

3. O que o pH da vagina tem a ver em relação a engravidar com endometriose?

Antes de entrarmos de fato no assunto, alguns conceitos precisam ser definidos. Por exemplo, você sabe o que é pH? Em um breve resumo, o pH é basicamente, a medição do quanto algo pode ser ácido. Parece um pouco confuso, mas vamos elucidar a questão com o exemplo a seguir:

Vamos comparar com a água da piscina. Você já viu uma piscina quando ela está com a água turva, toda embolorada, com fungos e suja? Muito provável que sim. Neste exemplo, para realizar o tratamento, primeiro se mede o pH. Ao medir o pH da água antes de limpar a piscina, o piscineiro não vai tirar alguns mil litros todas vez. Ele vai medir o PH, para ver se ela está boa ou não e se precisa pôr cloro ou outra coisa. E então ele joga o produto lá, basificando ou acidificando ela, tendo que ficar com um resultado neutro. Caso contrário, iremos entrar naquela água não saudável, podendo estar cheia de parasitas, fungos e bactérias, que irão passar para a gente.

Desta forma, quando a mulher já tem imunidade baixa, é preciso cuidar muito bem disso e melhorar a imunidade. Pois, as bactérias que moram ali na vagina e no intestino podem matar o espermatozoide do marido antes que ocorra a fecundação. Dito isso, o pH vaginal e intestinal, deve ser bom e favorável para a fecundação.

Mas como medir? Existe um exame, onde é coletado uma cultura ali da região, principalmente do muco que dá para medir o pH. Do mesmo jeito que dá para medir o pH do espermatozoide através do espermograma, dá para medir o pH da vagina.

4. Inflamação do endométrio

Outra barreira que se deve quebrar para engravidar com endometriose, é a inflamação do endométrio. Como se sabe, a endometriose é uma doença inflamatória, onde as células endometriais de dentro do útero, vão para outros lugares, inflamando o corpo. Todavia, a mulher que possui endometriose, sofre também com a falta de algumas células. Células estas, que iremos chamar de “soldadinhos”. Estes por sua vez, deveriam lutar contra as células que escaparam do útero.

Então se era para estar dentro do útero, o que ele foi fazer no intestino? O que está fazendo no ovário? Por que está indo para a trompa? É basicamente, como se os focos de endometriose fossem invasores de um lugar estranho.

No entanto, a mulher com endometriose não “consegue” que os “soldadinhos” trabalhem de uma forma rápida. É como se o guardinha noturno estivesse dormindo na hora do serviço. Logo, essas células escapam do útero e vão para os outros lugares, tomam posse e ficam e assim, todos os meses vão inflamando, inflamando e inflamando.

Para que o sistema funcione da melhor maneira, é preciso que esses “soldadinhos” cheguem às células invasores e resolvam o problema. Anteriormente, é sabido que as mulheres com endometriose possuem deficiência com essa proteção, que teoricamente deveria ser feita pelo sistema imunológico. O que por sua vez, aumentam o processo inflamatório.

5. Hormônios

A próxima barreira são os hormônios. Em um exemplo prático, os hormônios são como o combustível do motor do carro. Ou seja, não tem como dar a partida no carro se não estiver funcionando corretamente, com o tanque cheio, com óleo no motor, água, pneu cheio etc.

Basicamente, a parte hormonal do nosso corpo funciona desse jeito. Normalmente, nascemos com uma grande quantidade de hormônios. Existem hormônios para tudo, para o metabolismo, engravidar, dormir, bem-estar, digestão, combate a dor, estresse… ou seja, tem hormônio para tudo!

Desta maneira, se a mulher começa a ter problemas na produção desses hormônios ou deficiência em sua produção, é bem provável que ela terá maior dificuldade em engravidar com endometriose. Portanto, é importante realizar exames para saber se a produção dos hormônios estão de forma correta.

Conheça também, quais hormônios para a gravidez que devem estar em equilíbrio para não atrapalhar o seu sonho de ser mãe.

6. Óvulos sadios para engravidar com endometriose

Além do que já foi dito, sem sombras de dúvidas é preciso ter óvulos sadios para poder gestar. No caso dos hormônios alterados, é possível que a mulher não esteja tendo uma boa ovulação. Logo, se o óvulo está mal formado, ele irá resultar em uma má formação no embrião, podendo inclusive não conseguir formar as células de replicação. Essa situação é justificada no caso das mulheres com endometriose, pois elas não absorvem as vitaminas direito.

Mas afinal, o que se pode fazer? O ideal é verificar com um especialista, a qualidade dos óvulos e se eles estão bons para gestar um embrião. Normalmente, essa avaliação é realizada através de exames. Pode ser melhorada com uma dieta equilibrada e usando técnicas de limpeza.

7. Implantação

Outra barreira é a implantação, que pode não acontecer por inúmeros motivos. Um dos exemplos, é quando o endométrio está inflamado, com a falta de progesterona, de vitamina D, melatonina etc. Em suma, a implantação do embrião é o momento em que o embrião se fixa na parede do útero.

Todo o processo descrito, incluindo o deslocamento do embrião das trompas até útero, dura em média de 4 a 15 dias. Sendo que a fixação ocorre dentro deste mesmo período. A partir da implantação do embrião na parede uterina, é que ocorre o desenvolvimento e desenrolar da gestação. Logo, quando essa implantação não é feita de forma correta, a gestação acaba sendo inviável.

8. Alimentação

E por fim a dieta anti-inflamatória, que tem grande importância para quem deseja engravidar com endometriose. Ter uma alimentação saudável, além de melhorar a sua saúde como um todo, melhora o sistema imunológico e diminuem os efeitos indesejados da endometriose, facilitando assim a gravidez.

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